Vinícius Squinelo
Uma cena inusitada atraiu atenções em frente à Prefeitura Municipal de Campo Grande na manhã desta sexta-feira (18). Músicos, atores, e artistas circenses em cima de pernas de paus segurando faixas, protestavam por verbas para cultura.
“Lei é Lei, 1% pra cultura”, bradava os cerca de 20 manifestantes. Eles se referiam ao Plano Municipal de Cultura, aprovado em 2009, mas ainda não implantado. O projeto prevê 1% da arrecadação municipal destinada especificamente para a cultura.
Queremos só isso, a implantação de uma lei já aprovada”, afirmou Anderson Lima, componente do grupo teatral Flor e Espinho e um dos coordenadores do Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande. O artista crê que o incentivo aumentaria as condições de trabalho da classe.
A dificuldade de trabalhar na área artística em Campo Grande foi ressaltado por todos. “O artista daqui se prepara para trabalhar fora do estado, aqui é muito complicado”, afirmou Gustavo Vargas, músico e ator.
Atualmente o teto máximo de projetos financiados pelo município é de R$ 15 mil. “Com esse dinheiro não se faz, por exemplo, um filme”, comentou Anderson. Outra reivindicação é a reforma e inauguração do teatro do Paço Municipal.
Faixa que chamou a atenção tinha os dizeres: "A 1 'paço' da abertura de políticas públicas para a cultura já!".
Reginaldo Coelho.
O manifesto foi apoiado também pela Rede Brasileira de Teatro de Rua de MS, e a previsão é que seja realizado toda sexta-feira até o mês de março.
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