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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Manifesto “Greve dos palhaços”

Manifesto “Greve dos palhaços”

O mundo anda muito sem graça. A intolerância tem tomado o lugar da hombridade, a ganância da generosidade e a impaciência, o lugar do amor. Mas nós, que levamos a vida a perder para o outro ganhar, que fazemos do riso nossas pernas, acreditamos que esse mundo pode sim, ser um lugar melhor pra se viver. O palhaço acredita nisso!
Entretanto, nós, palhaços de Campo Grande, diante de tantas indignações a respeito de como a arte vem sendo tratada pelos órgãos responsáveis pelo seu fomento, cansamos e decidimos nos manifestar. A principal razão da manifestação foi a ausência de respostas sobre o pagamento do FMIC, impossibilitando a realização da III PANTALHAÇOS- MOSTRA DE PALHAÇOS DO PANTANAL, privando os grupos produtores da Mostra de realizá-la e a população de participar do evento.
Na semana que o mundo comemora o Dia Internacional do Palhaço – 10 de dezembro, decidimos fazer uma greve. Greve de sorrisos! Greve de alegria!
O objetivo do manifesto foi trazer a público as questões que tem causado indignação na classe artística de Campo Grande, mais especificamente entre os trabalhadores da arte circense e que são desconhecidas pela população e pouco discutidas, inclusive, entre a própria classe.
Assim, o grupo expõe algumas questões:
- O que ocorre no interior de uma Fundação de Cultura, seja ela Estadual, Municipal ou Nacional, que faz com que nós, artistas, fiquemos sem resposta em relação às verbas que são destinadas a esse fim, mas nunca estão disponíveis na hora que deveriam estar? Onde está esse dinheiro? Por que ninguém nos responde isso com clareza, uma vez que se trata de dinheiro público destinado à cultura?
- Por que a verba destinada à cultura é tão infinitamente menor do que o recurso destinado a outras áreas dos direitos humanos? A população, por acaso, sabe que a cultura é seu direito garantido por lei?
- Por que recebemos os cachês com tanto atraso? Qual a razão de sermos tratados com tanto descaso pelos órgãos que deveriam ser parceiros da arte, afinal, essa é a função dessas instituições?
- Como podemos transformar a realidade e formar platéia se a verba destinada à cultura não permite uma divulgação efetiva que estimule a população a conhecer a cultura local, que fomente o nascimento de novos grupos e artistas?
Não estamos aqui apenas brigando por cachês melhores, pagamento na data combinada e aumento de verba para a cultura. Estamos PEDINDO RESPEITO! O artista merece respeito como qualquer cidadão. O artista paga impostos, precisa comer, vestir e pagar as contas, como qualquer cidadão.
Não estamos em Hollywood e nem aparecemos na TV Globo toda semana. Mas trabalhamos com seriedade em busca de melhoria na nossa arte e na ideológica vontade, na utopia insana de que a arte é capaz de transformar a realidade dura e pesada que nos oprime a cada dia. Acreditamos na força da inocência de um palhaço. Acreditamos na decência, na honestidade e na solidariedade humana. Pedimos que nos levem a sério, que nos respeitem como gente trabalhadora, merecedora de um olhar cúmplice da sociedade.
RESPEITO É BOM E OPALHAÇO TAMBÉM GOSTA!
Atenciosamente,
ARTISTAS DE CAMPO GRANDE, MATO GROSO DO SUL
17 DE DEZEMBRO DE 2010 - CAMPO GRANDE-MS

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pantalhaço

A terceira edição da Pantalhaços será parcelada. Faremos uma primeira etapa agora com a oficina do Breno Morone e a segunda com mostras e debates, Deus sabe quando, isso porque o FEMIC Fundo Municipal de Investimentos Culturais, não tem data definida para ser pago. Como já tínhamos fechado com o Breno que está morando em Portugal, nós da produção vamos bancar por conta própria os gastos da oficina, pois diferente dos gestores do FMIC nós honramos nossa palavra.
A Pantalhaços e uma produção do Flor e Espinho Teatro com o Circo do Mato Grupo de Artes Cênicas.

Oficina
"O Palhaço de Picadeiro"
Ministrante: Breno Moroni
Vagas limitadas!
De 14 a 18 de dezembro de 2010.
Carga horária: 15h
Horário: 18h às 21h
Local: Templo – Sede de trabalhos Flor e Espinho Teatro.
R. Parapoã 276 B. Jockey Clube (próximo a Via Morena) – Campo Grande/MS.
Taxa simbólica: R$50,00
Pré-inscrições: email para pantalhacos@gmail.com ou ligue 9912-1420.
Conteúdo programático:
Cascatas (quedas cômicas, trombadas e trombadinhas), Claques (tapas, chutes),
Batas (claques com objetos), Luta cômica (Lutas simuladas, Double, slow motion),
Acrobacias cômicas (solos, duplas, sobre objetos), Malabarismos e manipulação de
adereços, Equilibrismo cômico (Garrafa, corda, cadeira), Voz de Picadeiro/Rua
(sotaques, tipos de vozes, projeção).

Breve currículo
Breno Moroni

o Ator formado pela Escola de Teatro
da F.E.F.I.E.R.J. (RJ/ 1974),
profissionalizado pela Academia
Piolim de Artes Circenses
(SP/ 1980) com estágios em escolas
de Circo em Londres, Paris,
Galicia, Edimburgo e cursos de
especialização em Cinema, Circo,
Televisão, Expressão Corporal e
Doublé.
o Foi um dos fundadores e Diretor
Circense do Circo Voador no Rio
de Janeiro.
o Fundador e professor da “ Escolinha
de Palhaços” .
o Assistente de Direção e Técnico em
Efeitos Especiais Cênicos (Double)
do sindicato dos Trabalhadores da
Indústria Cinematográfica.
o Intérprete da Associação de
Músicos, Arranjadores e Regentes.
o Locutor, Apresentador, Animador
do Sindicato dos Radialistas.
o É membro da SPA, Sociedade
Portuguesa de Autores.
o Até o ano de 2009 trabalhou como
artista em 13 países, na África,
Europa e Américas.
o Participou da montagem de 69
peças teatrais, atuando e dirigindo
em 4 idiomas: Português, Inglês,
Italiano, Espanhol.
o Seus principais espetáculos de
Teatro/Circo foram: "O Menor
Circo do Mundo" (Trilogia) e " Il
Internacionalle Gran Picollo Circo
Moroni" .
o Domina a Língua Brasileira de Sinais
(Surdos).
o Fez mais de 70 Filmes entre eles
"Pagu" no personagem "Piolim" e
"O Palhaço" no filme "O Cavalinho
Azul" .
o Muitos foram os seus trabalhos em
várias emissoras de televisão;
interpretou na novela "A
Viagem" o personagem "Adonay o
Mascarado" que realizava várias
técnicas circenses, assim como fez o
palhaço "Ping" na novela "Um Anjo
Caiu do Céu" e o mágico "Dono do
Circo" em "Chocolate com
Pimenta" .
o É um dos pioneiros do Teatro/Circo
no Brasil.
o Trabalhou em Publicidade, Shows e
Musicais. Idealizou e participou de
vários eventos (Performances)
sempre cheios de forte conteúdo
social, uma das suas principais
características profissionais.

Contatos:
pantalhacos@gmail.com
9909-9208 / 9912-1420 / 8409-9696

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sob Controle na Rota Latina

Dia 20 de Dezembro o Flor e Espinho Teatro sai para realizar um sonho antigo. Trata–se de uma viagem pela América Latina onde pretendemos encontrar coletivos de teatro pelos países que passarmos, realizando com esses intercâmbios troca de experiências... convívio. O grupo sai desmembrado, Anderson Lima e Luíz Diaschueda saem de Campo Grande rumo à Assunção, onde seguem para Buenos Aires, Santiago, Bogotá e Lima onde irão encontrar Katiuska Azambuja que partirá de Torixoréu rumo à Cusco e Lima.Retornaremos todos pela Bolívia. Em Lima iremos rever nossos irmãos da Escuela Experimental de mimos Junior Joseph e Rodrigo Alonso Nuñes e, apresentaremos no V Festival Internacional de Mimos.
O Sob Controle tem um carinho muito grande pela Bolívia, lá vivemos um momento muito lindo e marcante. Fomos apresentar na cidade de Puerto Suarez em Abril de 2009 no Festival América do Sul. Lá chegamos, na praça determinada pelo festival á ser o local da apresentação e, não tinha ninguém na praça. Era dia festivo na cidade e, não teve quase nada de divulgação pelo que ficamos sabendo. Estávamos dentro da Van e vimos de longe uma família composta pela Mãe, Pai e quatro filhos. Todos estavam sentados muito pertinho quase que fazendo um montinho. Olhei pro Luíz e falei –¬ Olha lá nosso público! Ele disse – Claro, vamos trabalhar! Nos preparamos e fizemos nossa entrada que é chegando de longe do local da apresentação, dando uma volta pelas ruas até chegar ao local exato. Demos então uma volta pelas ruas que faziam a quadra da praça, um trajeto enorme. As pessoas olhavam para nós e não tinham atitude nenhuma. Vimos que não estávamos conseguindo trazer ninguém com nosso “cortejo”. Adentramos então a praça para apresentarmos para aquela família. Quando chegamos pertos deles, o Mixirico (palhaço do Luíz) pegou o Pai e deu o seu guarda chuva pra ele carregar segurando alto (na mesma posição que ele sempre segura) e, começou a andar com o homem o seguindo. O Milito quando viu aquilo entrou no jogo, distribuiu seu material de cena pro resto da família e deram então mais uma volta pela praça, os palhaços e a família. Isto mudou tudo. As pessoas que estavam em suas casas e bares, que antes não nos deram atenção começaram a sair e a se aproximarem da praça. Quando chegamos no local da apresentação, tínhamos uma roda bem bacana e a apresentação foi marcante demais. Lamentamos muito não termos nenhum registro desse momento. Nem mesmo sabemos o nome dessa família, pois quando terminamos a apresentação, tinha uma TV que queria fazer uma matéria conosco e, o tempo que levamos pedindo para que eles aguardassem um instante foi o tempo que a família sumiu de nossos olhos. Em homenagem á esta família, em nossas entradas sempre pegamos parte do público para nos auxiliar com o material cênico pois, é inevitável não lembrar deles. Esperamos que tenha sido marcante para eles também, e que a vida não nos furte de um novo encontro. A imagem deles rindo na nossa roda até hoje nos alimenta muito.